Anna Wintour (Londres, 3 de novembro de 1949) é a atual editora-chefe da edição norte-americana da revista Vogue, a mais conceituada e importante publicação de moda do mundo e um dos seus maiores ícones. Lançou recentemente um documentário sobre seu trabalho, chamado The September Issue.
O começo
da fama
Anna Wintour é filha de pai britânico e mãe norte-americana. Interessou-se por moda desde a adolescência e ajudou seu pai, Charles Wintour, na altura editor do jornal inglês Evening Standard, a tornar o veículo mais popular entre a juventude londrina dos anos 1960, quando a efervescência artística, cultural e de costumes na Inglaterra da época tinha transformado a austera cidade na Swinging London, a meca dos jovens modernos de então, do rock, do cinema, das artes teatrais, moda, literatura e pinturas revolucionárias, onde tudo acontecia na euforia da Europa em pleno desenvolvimento pós- II Guerra Mundial.
Após deixar o colégio,
aos dezesseis
anos
e ter travado seu primeiro contato com a moda, trabalhando na butique londrina
Biba,
a mais famosa e influente do mundo na época, começou uma carreira de jornalista
de moda dos dois lados do Atlântico, primeiro como editora-assistente da
revista
Harper's Bazaar, em Nova
Iorque e depois como editora de moda na revista Viva, publicação feminina do grupo Penthouse,
de Bob
Guccione, por dois anos, onde pela primeira vez pôde ter uma
assistente pessoal e começou a sua fama de profissional exigente e
temperamental, apesar de raramente admitir seus laços com a revista
por ela fazer parte da editora que publicava Penthouse,
revista masculina muito mais ousada em texto
e imagens que sua concorrente direta, a Playboy.
Pouco tempo depois, Wintour chegou ao ponto de
virada em sua carreira, tornando-se editora
na prestigiada revista New York, onde sua criatividade na produção e
concepção das matérias de moda chamaram a atenção da indústria
e do meio profissional. Seu estilo transformou-a na estrela da revista,
onde ela aprendeu como capas feitas com celebridades
do cinema
ou da sociedade aumentavam as vendas da publicação. Sendo protegida do
editor-geral, tinha direito a certas regalias que provocavam a ira
dos companheiros de trabalho. Sua ambição
veio mais claramente à tona quando, entrevistada pela então editora-chefe da
Vogue, Grace Mirabella, para uma posição importante
na revista,
deixou claro à jornalista que na verdade o que desejava mesmo
era o lugar dela.
Após entrar para a revista em 1983,
no cargo até então inexistente de editora-criativa e criado para ela pelos
diretores da Condé Nast, entusiasmados com seu trabalho na New York, Wintour passou mais de dois
anos trabalhando a seu próprio modo na revista, sem dar satisfações a
Mirabella, até ser transferida para o cargo de editora da Vogue britânica, em Londres,
de volta à sua cidade natal.
Curiosidades
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O caso extraconjugal de Anna Wintour com um texano milionário e casado
vazou para a imprensa em 1998, pondo fim ao casamento de 15 anos da
editora-chefe da Vogue América (e elevando, definitivamente, a jornalista ao
posto de celebridade).
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Anna Wintour recebe cerca de dois milhões de dólares
anuais, além de todas as mordomias inerentes ao cargo, como 50 000 dólares
para roupas que quase nunca compra, pois os estilistas
mais famosos do mundo brigam para a vestir gratuitamente. Mesmo assim chegou a
repetir um vestido Carolina Herrera três vezes.
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Já foi parodiada de diversas maneiras antes de O Diabo Veste Prada. Em 1994,
no filme Prêt-à-Porter,
uma sátira
de Robert Altman ao mundo da moda, a personagem Linda
Hunt, uma poderosa editora de moda, tinha o mesmo corte de cabelo de
Wintour e durante os desfiles, todas as pessoas da primeira fila da plateia
usavam grandes óculos escuros. Ela também aparece em pessoa no filme sendo
entrevistada pela repórter personificada por Kim
Basinger. Em Ugly Betty
há uma personagem que imita seu corte de cabelo e os mesmos óculos escuros, e
ainda a profissão: é a editora-chefe. Na animação Os Incríveis, da Walt Disney, tem a personagem Edna E Moda, que tem o mesmo estilo de
cabelo, óculos e é uma estilista.
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Também já foi mencionada, ou apareceu em séries de televisão como Sex
and the City e uma equipe de cinema deverá fazer um documentário
sobre seu trabalho na Vogue, após anos de negociações.
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O jornal inglês The Guardian a chama de «prefeita
extra-oficial» de Nova Iorque.
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Nunca fica numa festa por mais de 20 minutos e deita-se normalmente às
22:00h.
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É politicamente liberal e grande admiradora e apoiante de Al Gore.
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Ciosa de sua revista e elitista com a imagem alheia, já chegou a
extremos de impedir que a mais famosa apresentadora da televisão americana, Oprah
Winfrey posasse para a capa de Vogue sem antes emagrecer e proibiu Hillary
Clinton de aparecer com sua imagem na revista enquanto ela não
deixasse de usar casacos azul-marinho, considerados out por Anna.
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Apesar de todas as revistas da editora Condé-Nast, inclusive a Vogue,
terem secções de resenhas dos livros e filmes lançados, O Diabo Veste Prada nunca foi resenhado em qualquer das revistas do
grupo.
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Anna Wintour é umas das personalidades mais odiadas pelo PETA (Pessoas para o Tratamento Ético dos
Animais), pelo seu gosto por casacos de pele. Ativistas do PETA, uma vez,
atacaram-na com uma torta de tofu, mas mesmo assim ela continuou a ignorá-los.
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Anna Wintour foi condecorada pelo Principe Carlos de Inglaterra com a Ordem do Império Britânico, numa
cerimónia que teve lugar no Palácio de Buckingham.
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É, segundo a revista Forbes em 2009, a editora
de moda mais influente do mundo.
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Foi parodiada em 2010 na novela global "Ti Ti Ti", onde a secretária
Maria do Socorro "Help" (interpretada pela atriz Betty Gofman), é
promovida ao cargo de editora chefe da revista Moda Brasil, que passa a se
vestir a la Anna Wintour, com o mesmo figurino, mesmo corte de cabelo, mesmo
par de óculos, e mesma atitude.
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